Após uma série de cortes no orçamento da PF, a instituição pode parar de emitir passaportes em setembro deste ano. Além disso, existe um risco de uma paralisação completa, impedindo até investigações de alta complexidade.
As informações foram passadas para o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, através de um relatório e, então, obtidas pela Coluna do Estadão.
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Atividades como a segurança de autoridades já podem ser suspensas em maio pela falta de recursos para diárias e passagens.
A suplementação orçamentária necessária para que a Polícia Federal continue a realizar todos os seus serviços é de R$527 milhões. A corporação informa que essa quantidade deve ser recebida até dezembro. Porém, essa cifra é impensável no momento.
Visando minimizar os impactos, o Ministério da Justiça está em negociações com o Ministério do Planejamento para recompor parte do orçamento previsto. O Palácio do Planalto ainda não comentou a questão.
Assim, é possível que a PF consiga continuar a realizar serviços básicos, como emitir passaportes e registrar imigrantes.
Por causa disso, nos bastidores, diversos policiais reclamam da situação atual e afirmam que a relação com o Palácio do Planalto nunca esteve em pior momento.
Caso a paralisação realmente aconteça, não temos previsão de quanto tempo ela deve durar, nem das ações planejadas para a retomada de atividades.
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