O visto gold, utilizado na Espanha e em alguns outros locais, é destinado a investidores de imóveis e pode ser utilizado como um documento de residência temporária para estrangeiros. Entretanto, agora o país está planejando encerrar seu uso.
Pedro Sanchez, o primeiro-ministro, ressalta que o fim dessa autorização serviria para tornar o acesso à moradia “um direito”, ao invés de um negócio.
Muitas vezes, esses investimentos ocorrem em cidades grandes onde já é difícil encontrar casas para quem trabalha e mora lá. O mercado imobiliário altamente estressado apenas dificulta ainda mais essa situação.
O programa atrai bilhões em investimentos, mas movimenta uma forte crise habitacional. E isso não se resume apenas à Espanha. Alguns países, como Portugal, já encerraram o uso do visto gold. Outros, como a Grécia, estão mudando suas regras para limitar o uso e seus impactos.
Veja também: Viajando para a Europa em 2024 – Requisitos de visto e dicas de planejamento
Atualmente, os solicitantes da autorização devem investir, ao menos, meio milhão de euros (aproximadamente R$2,7 milhões) em imóveis para iniciar o processo de requerimento.
Para limitar seu alcance, o governo da Grécia mudou essa quantidade para 800.000 euros (aproximadamente R$4,3 milhões).
O visto gold também garante que o estrangeiro possa viver por 3 anos na Espanha. Além disso, é permitido levar cônjuge, filhos e dependentes com você. Esse benefício é um dos maiores atrativos do documento.
Outra grande vantagem que essa autorização fornece é poder viajar por toda a União Europeia e pelo Espaço Schengen. Ela também dá acesso à educação e saúde públicas, além de menores custos em certas universidades.
Para se candidatar, o investidor também precisa ter mais de 18 anos e estar em situação regular com o território espanhol e as nações que tenham acordo com o país.
O visto gold também pode ser obtido por empreendedores que abrem empresas no país. Entretanto, elas devem gerar novos empregos.